27° Sul... nossa maior latitude

ICSC na esteira do Cascalho.
Três pontes, três ligações entre a ilha e o continente.
Yes, we did it!
Já do outro lado...
Beira Mar Norte.
Ancoragem em Santo Antônio de Lisboa.
Herança açoriana.
Em homenagem ao imperador!
Lugarzinho bom!
Olha isso!!!
Lagoa da Conceição.
Renda de bilros, verdadeira arte.
Aula de kite na Lagoa.
No centro histórico.
A figueira centenária da Praça XV.
Catedral Metropolitana.
Palácio Rosado.
Mercado Público.
Ratones Grande e Pequeno.
Fortaleza de Ponta Grossa.
Ilha de Anhatomirin.
Baía dos Golfinhos... aí vamos nós!
Oh oh oh... my brother!
Uau... que barco!
It's so nice to be happy!
Nossa Senhora das Necessidades.
Despedida de Floripa... última noite por aqui.

18 de março de 2013
Latitude 27°36'05"S e Longitude 048°32'09"W
08.00h
Muitos dias se passaram até que, depois de refeitos dos sustos (leia aqui e aqui), retornamos ao Cascalho. Logo deixamos a sede do ICSC-Veleiros da Ilha e rumamos para o Norte. Novamente as pontes estavam no nosso caminho. Mas, desta vez com tudo bem programado, passamos sem nenhum problema por baixo de todas elas. Num dia de céu nublado, mas com o sol brilhando forte no céu sempre que achava uma brecha, navegando lentamente, fomos apreciando as belezas de Florianópolis, a maravilhosa capital catarinense. É considerada a capital com melhor qualidade de vida do país. Uma ilha com mais de 100 praias para todos os gostos, há aquelas enseadas abrigadas e também as de mar aberto e com ondas grandes, excelentes para o surf e tantos outros esportes náuticos e radicais. A Ilha de Santa Catarina é conhecida por suas belezas naturais como praias, morros cobertos por vegetação de Mata Atlântica, outras pequenas ilhas ao seu redor, restingas, dunas, manguezais e duas grandes lagoas, a do Peri - maior reservatório de água doce da ilha e, a da Conceição, famosa pelas suas rendeiras de bilro, pela agitada vida noturna e pelas suas encantadoras belezas. Seus colonizadores, os açorianos, deixaram como lembrança a arquitetura, que ainda sobrevive no centro da cidade e em alguns outros bairros. Sua história, muito rica, mistura piratas, naufrágios, bandeirantes, fortalezas que relembram as lutas entre portugueses e espanhóis pela conquista do território, muitos costumes e tradições que convivem harmoniosamente com uma cidade moderna e cosmopolita. 
Fomos deixando na esteira do Cascalho a Baía Sul e, a nossa frente estava um dos maiores cartões da capital: a Ponte Hercílio Luz. Uma das maiores pontes pênseis do mundo, tem estrutura de ferro e 821 metros de extensão. Suas torres medem 74 metros e o vão central tem 30 metros de altura. Foi inaugurada em 1926, mas está atualmente em reforma e fechada ao tráfego. Passada a ponte, estamos na imensa Baía Norte onde, a bela orla, o paredão de prédios e a exuberância dos manguezais integram homem e natureza. Ancoramos em Santo Antônio de Lisboa, um dos mais antigos e charmosos núcleos de colonização açoriana da ilha, em meio a tantos outros barcos, na Marina Santo Antônio. Nos divertimos nos bares e restaurantes do bairro, especializados em peixes e frutos de mar, com grande destaque para as ostras. É aqui que está uma das maiores fazendas de ostra do estado. Em meio a tantas construções antigas e bastante preservadas, está a linda Igreja Nossa Senhora das Necessidades de 1750. É aqui também que está a primeira rua calçada do estado de Santa Catarina, obra executada em 1845, para a visita do Imperador Dom Pedro II. Aqui, fizemos muitos amigos, em especial Luiz Fernando Beltrão e sua maravilhosa família, do Veleiro Tinguá. Velejamos várias vezes até o extremo Norte da ilha e em direção a Ponta de Armação. O cenário é impressionante, de tirar o fôlego... contornamos as ilhas de Ratones Grande e Pequeno e a Ilha de Anhatomirim, passamos pela Praia do Forte e, chegamos bem pertinho para fotografar Ponta Grossa, uma das fortalezas históricas; em Jurerê admiramos sob um novo ângulo as mansões hollywoodianas e relembramos cheios de emoção a nossa primeira velejada juntos exatamente aqui, partindo da sede oceânica do ICSC-Veleiros da Ilha, em 2006. Contornamos a Ilha do Francês e rumamos para o continente. Aproveitamos para conhecer cada curvinha da costa, e de baía em baía, foram várias navegadas, com diferentes companias, família, novos ou velhos amigos... Armação da Piedade, Ponta da Armação, Tinguá, Baía dos Golfinhos, Costeira, Praia das Cordas e tantas outras. Tesouros até então desconhecidos para nós, pacatas vilas de pescadores, refúgios escolhidos pelos golfinhos ou ainda aqueles de natureza muito preservada. Quanto privilégio!
Alternamos às nossas velejadas, passeios pelos quatro cantos da ilha. Destacamos a Lagoa da Conceição com a maravilhosa Ponte de Pedras que dá acesso a Avenida das Rendeiras que margeia a lagoa, repleta de bares, restaurantes, casas noturnas e lojas que vendem as tradicionais rendas de bilro do artesanato local. A visão que temos do alto do Morro das Sete Voltas também é de tirar o fôlego: a lagoa, as dunas, a Praia da Joaquina e por fim, o horizonte que desperta novamente a vontade de velejar!
O centro histórico da cidade é outro passeio imperdível. Os sobrados oitocentescos de arquitetura luso brasileira e casas da época colonial decoradas com azulejos portugueses, podem ser encontradas espalhados pelo centro antigo. A Praça XV de Novembro, antigo Jardim Oliveira Belo, é repleta de palmeiras imperiais, ficus indianos e cravos da Índia. Mas, a rainha do jardim é, sem dúvida, a figueira centenária do centro da praça, que foi plantada ali em 1881. Três voltas ao seu redor, de mãos dadas e em sentido anti horário, garantem boa sorte e  retorno a Florianópolis. A Catedral Metropolitana com mais de 250 anos e seu acervo sacro, juntamente com o Palácio Rosado, antiga casa dos governadores e hoje, o Museu Cruz e Souza, são monumentos bem preservados de uma cidade que se orgulha do seu patrimônio cultural. A visita a este museu impressiona pela grandiosidade e beleza da escadaria em mármore de Carrara, os pisos em parquet, as esculturas e pinturas do teto, as colunas em estilo neoclássico e a cúpula de vidro. E, para nos despedirmos de Florianópolis, uma visita ao tradicional Mercado Municipal, onde, todos os finais de tarde antes de voltar para casa, pescadores, executivos, intelectuais, artistas, estudantes e trabalhadores de todo o gênero, disputam uma mesinha para um happy hour com os amigos em um dos muitos bares espalhados por ali. Especialmente nos finais de semana, rodas de samba e pagode incendeiam o lugar já a partir das 10 horas da manhã... Lugar melhor, não há! Definitivamente, este é o lugar onde hoje pensamos que um dia, num futuro muito distante, poderemos escolher para morar!

0 comments:

Postar um comentário