Gibraltar

A Rocha vista de cima: Espanha e Gibraltar separadas por um aeroporto.
Main Street.
Charme...
...e requinte !!!
Olha a pose do macaquinho...
Detalhe: a base que faz o canhão ficar virado para baixo.
Parte das fortificações que circundam a cidade.
Vista do mar.
A direita o farol e a esquerda o minarete da mesquita.
Marina Bay de Gibraltar... excelente estrutura, preços inacreditavelmente bons.
Um dos nosso humildes vizinhos na marina.
Proas... o aeroporto fica logo ali !!!
Em rota de colisão !!!

17 de novembro de 2012
Latitude 36°14'897"N e Longitude -005°35'526"W
07:00h

De longe já avistávamos Gibraltar e a sua famosa Rocha, o pedacinho da Inglaterra perdido em terras espanholas.  E, enfim chegamos...primeira vez desde o início da viagem a por os pés em terras ocidentais. Estávamos ansiosos para ver de perto a Rocha de Gibraltar, antiga Coluna de Hércules para os gregos. O mundialmente famoso rochedo de 426 metros de altura que domina a entrada do Estreito de Gibraltar ainda dentro do Mar Mediterrâneo. Recebeu este nome em homenagem ao general muçulmano Tariq ibn Ziyad, que desembarcou na região em 711 d.C. A expressão arabe jabal-al-Tariq significa "montanha do Tarique", hoje Gibraltar, um território britânico ultramarino. Popularmente, Gibraltar é chamada de "Gib" ou "The Rock". Aos pés da rocha, a cidade.

Circundamos o território de aproximadamente 6,5 km quadrados e nos dirigimos diretamente para a Marina Bay. Depois de colocarmos toda a documentação em dia, em inglês, preparamos um belo "breakfast" e decidimos nos concentrar em tudo o que era necessário, deixando o Cascalho prontinho para a próxima etapa da viagem. Se as condições meteorológicas permitissem, partiríamos já no dia seguinte. Como a noite tinha sido difícil em função da chuva e do intenso tráfego de embarcações com a aproximação do canal, antes de começar os preparativos, duas horinhas de sono ajudariam a repor nossas energias. "Shopping" está na nossa lista... Gibraltar tem fama de ter excelentes possibilidades de compra por se tratar de um território com leis especiais para o comércio com turistas, uma espécie de "duty free". Depois do descanso, hora de por as pernocas (nosso único meio de transporte em terra) para funcionar... compramos inversor de voltagem, ventiladores, reforçamos o nosso estoque de iscas artificiais para pescaria, afinal... mas, quando chegou a hora de comprar a bandeira cortesia de Gibraltar, nos sentimos verdadeiramente sendo assaltados a mãos não armadas: 25 libras por uma bandeirinha? Thank you very very much !!!. Reforçar a despensa com comidas, bebidas, frutas e verduras não poderia faltar. Repor os estoques era mais do que necessário. A próxima etapa da viagem levaria de 6 a 8 dias para ser concluída.

Tudo pronto... tínhamos pouco tempo sobrando. Mas deu para curtir um pouquinho.

Como Gibraltar é pequena, pode-se perfeitamente visita-la a pé. A maior parte dela, pelo menos. Deve-se ter em mente porém, que tem muito sobe e desce para chegar ao topo da rocha. Entra-se na cidade pelos portões das antigas muralhas de 800 anos. Depois, uma bela surpresa: a praça e o centrinho da cidade marcadas pelo bom gosto e requinte inglês em todos os detalhes, desde os cafés e restaurantes que rodeiam a praça e se espalham pelas ruas, até as ruas meticulosamente calçadas e a beleza da arquitetura das construções na Main Street. Um verdadeiro charme. Entretanto, as belezas deste pequeno território não se resumem a sua superfície, mas sim, estendem-se para além e aquém dela. No alto da rocha, está um dos mais visitados mirantes da Europa, o Europe Point de onde se pode ver a Espanha de um lado e a África do outro lado do canal, onde o Mediterrâneo e o Atlântico se encontram. É lá no alto também que ainda estão as antigas instalações militares inglesas com os seus canhões que apontam para baixo, uma característica necessária para a defesa do território com este tipo de arma. Os famosos Macacos de Gibraltar também estão lá... recebem os visitantes sem nenhuma cerimônia, adoram tirar fotos e até fazem poses para elas. São cerca de 250 e, são os únicos animais selvagens da Europa que podem ser vistos no seu habitat natural. 

As atrações de Gibraltar são muitas: o farol, a mesquita que serve a comunidade muçulmana da região, o Castelo dos Mouros, o Museu de Gibraltar, o labirinto de túneis construído dentro da montanha como um sistemas de defesa, a gruta de São Miguel, de uma beleza incomparável pelas formações de estalactite e estalagmite, a observação de golfinhos e baleias... Que pena: para nós, o tempo é muito curto desta vez. Tudo indica que poderemos partir amanhã. Melhor assim, estamos numa corrida contra o tempo: queremos chegar em casa a tempo para o Natal.

Um comentário: