A colorida Ilha do Sal, Arquipélago de Cabo Verde

Ilha do Sal, Arquipélago de Cabo Verde.
Se essa rua , se essa rua fosse minha...
Cores...
Porto Point Sol...
Bar top no Sal...
Chapéu de sol !!!
Comércio local.
Marsúpio.
Andar com fé eu vou
Porque a fé não costuma falhar...
Tu-tubarão !!!
O peixe nosso de cada dia !!!
Na linha... uma arte !!!
Um por todos !!!
Na espera...
Eles são felizes !!!
Meio de transporte...
Olhar atento...
Pescaria nada fácil !!!
Colourfull small fishing boats...
Salina na cratera de um vulcão... turismo, saúde e ganha pão !!!
Relíquias da época de ouro do Sal...
Merecido descanso...
Siamo cinque !!!
Nosso guia.
Último dia para repousar... a travessia nos espera !!!

02 de dezembro de 2012
Latitude 16°45'18"N e Longitude -022°58'46"W
16:30h

Estamos no Arquipélago de Cabo Verde. Na Ilha do Sal. Dando um "alô" para a mamãe África, muito vento vindo de lá e trazendo consigo as areias do deserto e, apesar do ser quase inverno no Hemisfério Norte, o sol e as altas temperaturas nos fazem lembrar sempre de que já estamos nos trópicos.

Ancorar nas águas calmas desta pequena baía, em Palmeira, bem protegidos do mar formado que enfrentamos durante os cinco dias de navegação para chegar até aqui, foi muito gratificante. Entretanto, não estávamos protegidos do vento... apesar de termos ancorado a sotavento, como a ilha é muito baixa, não nos protegia dos ventos fortes que sopram constantemente por aqui. Venta muito, realmente. Nestes dias especialmente, uma tempestade de areia vinda do Saara dominou o horizonte da ilha e mudou a cor do Cascalho, dando uma cor amarelo-avermelhada para tudo.

Estamos felizes demais de já estarmos aqui... nos sentimos bem mais perto de casa: de fuso horário, são só duas horas a mais e, de agora em diante, o idioma será sempre o português. Apesar de que o dialeto crioulo dos cabo verdianos é lindo e muito musical também. Difícil mesmo, é entender o que eles dizem quando falam entre si e não querem que a gente entenda.

Cabo Verde é mais um arquipélago de origem vulcânica, estrategicamente situado na imensidão do Atlântico. Foi colônia portuguesa até 1975, quando se tornou independente e passou a ser uma república. Trata-se agora de um país insular africano, de onde inclusive recebeu o seu nome. É formado por 10 ilhas. Dentre elas, a Ilha do Sal: uma ilha sem água potável, que saiu do abandono a partir da exploração das suas salinas naturais e artificiais, de clima muito árido e vegetação escassa, de muitas praias lindas de areias brancas trazidas da África pelo vento e de tantas outras paisagens naturais (como o buracone) ou artificiais (como as construções das cidades) que nos deixam sem palavras... uma ilha que tem um colorido muito próprio e um povo ainda mais característico, muito mais rico do que se possa imaginar, em doçura, simplicidade, honestidade e felicidade... uma ilha cheia de música, de amizade, de solidariedade e de turistas que chegam aqui através do maior e melhor aeroporto do arquipélago, muitos deles amantes do kitesurf já que esta está se tornando a capital do esporte... enfim, um lugar mágico, que longe, muito longe da civilização nos prendeu pelos olhos, pelos ouvidos, pela boca e pelo coração. Concordas?

De todas as nossas paradas desde que começamos a viagem, esta foi a primeira na qual não tínhamos muito para fazer na preparação do barco, além de compras de frutas e verduras frescas. Tudo o mais que precisávamos, já havíamos comprado em Las Palmas, combustível não utilizamos no último trecho e o barco estava redondinho, pronto para a próxima navegada. Chegamos no domingo e partiríamos só na quinta feira. Aqui, esperamos pelo sexto componente da tripulação, Loriana, a esposa do Luigi. Agora seremos seis no Cascalho, para dividir bons e maus momentos, certezas e dúvidas, belezas e belezas que o Oceano Atlântico nos oferece a cada minuto nos caminhos que percorremos sobre suas águas.

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