Próximo destino: Recife e Olinda

Baleias... muitas delas, ainda próximo a Maceió.
Coragem... vai um peixinho aí?
E o tempo não se cansava de ficar feio.
Mas era lindo de se ver!
02 de agosto amanheceu lindo...
E já tínhamos Recife a nossa proa.

01 de agosto de 2013 - quinta feira
Latitude 09°39'56"S e Longitude 035°42'29"W
11:20h

21 horas de navegação e 120 milhas náuticas navegadas depois e já estávamos em Recife.

Deixamos a Praia de Pajuçara, em Maceió, encantados com a beleza e a integração entre o que foi construído pelas mãos do homem e o que a mãe natureza nos deu. Cascalho em festa, com cinco tripulantes para essa etapa. Sandrinha e Kiara são marinheiras natas, perfeitamente adaptadas a vida a bordo e ao balanço do mar (nada doce neste trecho). Nós três nos divertimos muito dividindo as tarefas domésticas e com o "dolce far niente" das incontáveis horas de navegação. Kiara, que neste dia comemorava seu sétimo aniversário, e muito curiosa, não se cansava de estar ao lado do capitão ao timão. Já o Wal, tadinho. Foi difícil prá ele. Nem a presença de um incontável número de baleias jubarte que, nadavam no mesmo sentido, ou contra, ou simplesmente cortando a nossa frente, conseguiu animá-lo. A tarde foi uma festa só, com tartarugas, golfinhos e baleias. 

Mas parou por aí... o vento Nordeste soprava inconstante e pegamos muitas, muitas pancadas de chuva, que traziam consigo ventos de até 37 nós nas rajadas. O mar também cresceu e nos fez sofrer, com suas ondas grandes e desencontradas durante toda a noite. Difícil dormir com uma navegação tão dura. Quando o dia amanheceu já era possível avistar Recife no horizonte, entretanto as condições de navegação ainda não eram nada agradáveis. As milhas que ainda faltavam ser percorridas para se chegar até lá, eram contadas nos dedos, regressivamente, de uma a uma.

A entrada em Recife não é difícil, já que um imenso quebra mar protege completamente a entrada do porto e as profundidades são grandes, não oferecendo nenhum tipo de perigo. O único e grande dificultador é a correnteza, que normalmente já é de 3 nós, podendo chegar a 4 nós enquanto a maré está subindo e cinco nós na maré baixa.

Em águas tranquilas, já abrigados, ancoramos em frente ao Iate Clube de Pernambuco por volta das 07:30h da manhã. Tomamos café da manhã, o Wal voltou a sorrir e fomos todos descansar depois do sufoco de uma das piores noites de navegação da nossa estória. Ao meio dia suspendemos a âncora novamente, na hora do estofo da maré, para finalmente atracarmos no Cabanga Iate Clube.

Recife... Olinda... Pernambuco... chegamos!!!

0 comments:

Postar um comentário