O Sapinho. |
O Goió. |
Verde e amarelo... é hora de dormir! |
Skoiern. |
Guigui. |
Muitas estórias... |
Camamu. |
Quem é ele? |
A obra do mestre. |
Marina São Jorge. |
Senhor Elpídio e ao fundo o Posto Camarada. |
Cacau... tantas cores e sabores. |
Nosso guia André. |
E a despedida da Baía de Camamu. |
06 de julho de 2013 - sábado
16:45h
Dendê? Sim, estamos falando do azeite, ingrediente fundamental da saborosa comida baiana, extraído do fruto do dendezeiro, palmeira comum nesta região. É daqui que sai o melhor azeite de dendê do mundo. A Costa do dendê se extende por mais de 100 Km e vai desde o Sul da Baía de Todos os Santos até Itacaré, na foz do Rio das Contas. E, como não poderia deixar de ser, guarda inúmeros tesouros... dentre eles, a Baía de Camamu que é a terceira maior do Brasil, atrás apenas da Baía de Todos os Santos e da Baía da Guanabara, e oferece uma infinidade de opções e abrigos para embarcações desde a sua entrada até os cantinhos mais remotos. Praias lindas de areia branquinha, coqueiros, cachoeiras, manguezais e labirintos... muitos labirintos para serem desvendados. Decidimos pela ancoragem Sul da Ilha do Campinho, que se chama Sapinho, charmosa, muito calma e com bons restaurantes para os amantes da culinária baiana. nos deliciamos! Do outro lado, esta a Ilha do Goió, uma estreita faixa de areia com praias adoráveis e muita sombra de coqueiros.
Já na chegada nos surpreendemos com um barco clássico de madeira, com dois mastros, bandeira francesa e de nome Skoiern. Mas não vimos nem um tripulante. Enquanto admirávamos os papagaios, que já se empuleiravam sobre as árvores para passar a noite, se mimetizando completamente com o verde das folhas, passou por nós um barco lindo a motor, que fundeou um pouco mais a frente. logo ouvimos eles chamando: "André, André"..., mas ninguém aparecia nem respondia. O capitão decidiu ir até eles para ver se precisavam de alguma coisa. E foi assim que conhecemos o Senhor Elpídio, um brasileiro com muitas estórias, que de cozinheiro de barco passou a ser um dos mais considerados construtores navais da região. Nos apaixonamos por ele. O recebemos no Cascalho e ouvimos muitas das suas estórias. Alguns dias mais tarde, a convite dele e com a ajuda do André, navegamos pelos labirintos e por entre muitos bancos de areia da baía, até a cidade de Camamu. Antiga aldeia tupiniquim, a cidade surgiu em 1560 e foi construída de forma defensiva, dois andares unidos por ladeiras íngremes, Lá no alto, a igreja. Os portugueses, para defender a cidade dos ataques dos holandeses, entulhavam o canal de acesso com pedras, para provocar danos nas naus inimigas. Por isso, até hoje, para chegar a Camamu de barco, só é possível com pouco calado e com muito conhecimento do local. Pouco calado nós temos e o conhecimento do local nos foi dado pelo André, outro tesouro do Sapinho. Visitamos o Senhor Elpídio, a Marina São Jorge, o Posto e o Estaleiro Camarada e parte da sua grande família. Felicidade para ele e para nós. Saímos de lá com muitos mimos: azeite de dendê, côco, aipim, cacau, banana nanica e banana da terra, cana de açúcar... E com a certeza de que o Senhor Elpídio ficará para sempre nas nossas lembranças e nos nossos corações.
Os dias que passamos na baía foram muito intensos de calor humano e contato com a natureza. E de tantas, tantas estórias... uma delas, a estória da namora de Antoine de Saint-Exupéry, francês, autor de O Pequeno Príncipe. As duas irmãs, Aurora e Onília, nasceram na ilha a mais de 75 anos e nunca saíram de lá. Numa de suas viagens, o autor francês ficou hospedado perto da casa delas por algum tempo e, conheceu Onília, que fala dele com muita emoção e diz ainda sentir muitas saudades.
E quantas outras histórias e estórias estarão guardadas por estas terras! Ou seria, por estas águas!!!
Dendê? Sim, estamos falando do azeite, ingrediente fundamental da saborosa comida baiana, extraído do fruto do dendezeiro, palmeira comum nesta região. É daqui que sai o melhor azeite de dendê do mundo. A Costa do dendê se extende por mais de 100 Km e vai desde o Sul da Baía de Todos os Santos até Itacaré, na foz do Rio das Contas. E, como não poderia deixar de ser, guarda inúmeros tesouros... dentre eles, a Baía de Camamu que é a terceira maior do Brasil, atrás apenas da Baía de Todos os Santos e da Baía da Guanabara, e oferece uma infinidade de opções e abrigos para embarcações desde a sua entrada até os cantinhos mais remotos. Praias lindas de areia branquinha, coqueiros, cachoeiras, manguezais e labirintos... muitos labirintos para serem desvendados. Decidimos pela ancoragem Sul da Ilha do Campinho, que se chama Sapinho, charmosa, muito calma e com bons restaurantes para os amantes da culinária baiana. nos deliciamos! Do outro lado, esta a Ilha do Goió, uma estreita faixa de areia com praias adoráveis e muita sombra de coqueiros.
Já na chegada nos surpreendemos com um barco clássico de madeira, com dois mastros, bandeira francesa e de nome Skoiern. Mas não vimos nem um tripulante. Enquanto admirávamos os papagaios, que já se empuleiravam sobre as árvores para passar a noite, se mimetizando completamente com o verde das folhas, passou por nós um barco lindo a motor, que fundeou um pouco mais a frente. logo ouvimos eles chamando: "André, André"..., mas ninguém aparecia nem respondia. O capitão decidiu ir até eles para ver se precisavam de alguma coisa. E foi assim que conhecemos o Senhor Elpídio, um brasileiro com muitas estórias, que de cozinheiro de barco passou a ser um dos mais considerados construtores navais da região. Nos apaixonamos por ele. O recebemos no Cascalho e ouvimos muitas das suas estórias. Alguns dias mais tarde, a convite dele e com a ajuda do André, navegamos pelos labirintos e por entre muitos bancos de areia da baía, até a cidade de Camamu. Antiga aldeia tupiniquim, a cidade surgiu em 1560 e foi construída de forma defensiva, dois andares unidos por ladeiras íngremes, Lá no alto, a igreja. Os portugueses, para defender a cidade dos ataques dos holandeses, entulhavam o canal de acesso com pedras, para provocar danos nas naus inimigas. Por isso, até hoje, para chegar a Camamu de barco, só é possível com pouco calado e com muito conhecimento do local. Pouco calado nós temos e o conhecimento do local nos foi dado pelo André, outro tesouro do Sapinho. Visitamos o Senhor Elpídio, a Marina São Jorge, o Posto e o Estaleiro Camarada e parte da sua grande família. Felicidade para ele e para nós. Saímos de lá com muitos mimos: azeite de dendê, côco, aipim, cacau, banana nanica e banana da terra, cana de açúcar... E com a certeza de que o Senhor Elpídio ficará para sempre nas nossas lembranças e nos nossos corações.
Os dias que passamos na baía foram muito intensos de calor humano e contato com a natureza. E de tantas, tantas estórias... uma delas, a estória da namora de Antoine de Saint-Exupéry, francês, autor de O Pequeno Príncipe. As duas irmãs, Aurora e Onília, nasceram na ilha a mais de 75 anos e nunca saíram de lá. Numa de suas viagens, o autor francês ficou hospedado perto da casa delas por algum tempo e, conheceu Onília, que fala dele com muita emoção e diz ainda sentir muitas saudades.
E quantas outras histórias e estórias estarão guardadas por estas terras! Ou seria, por estas águas!!!
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